Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertold Brecht (1898-1956)
ROCHEL: Deus que enxerga a totalidade das coisas. Ajuda nas descobertas e no êxito material. Acrescenta à personalidade qualidades de dinamismo, energia, compaixão, generosidade, percepção aguçada e flexibilidade. Gênio oposto: egoísmo e intransigencia. Planeta correspondente: Júpiter Hora: 22h40 às 22h59 Salmo: 15 Número da sorte: 7 Dia da semana: quinta-feira
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quarta-feira, 23 de maio de 2012
NO CAMINHO COM MAIKÓVSKI
É assim como a criança humildemente afaga a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro com um poeta soviético.
Lendo teus versos, aprendi a ter coragem.
Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história.
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm a ninguém é dado repousar a cabeça alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã, diante do juiz,
talvez meus lábios calem a verdade
como um foco de germes capaz de me destruir.
Vamos ao campo e não os vemos ao nosso lado, no plantio.
Mas ao tempo da colheita lá estão
e acabam por roubar até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição de falso democrata
e rotulo meus gestos com a palavra liberdade,
procurando, num só sorriso,
esconder minha dor diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!"
(Eduardo Alves da Costa)
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro com um poeta soviético.
Lendo teus versos, aprendi a ter coragem.
Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história.
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm a ninguém é dado repousar a cabeça alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã, diante do juiz,
talvez meus lábios calem a verdade
como um foco de germes capaz de me destruir.
Vamos ao campo e não os vemos ao nosso lado, no plantio.
Mas ao tempo da colheita lá estão
e acabam por roubar até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição de falso democrata
e rotulo meus gestos com a palavra liberdade,
procurando, num só sorriso,
esconder minha dor diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!"
(Eduardo Alves da Costa)
O ESTADO TEM MEDO DA EDUCAÇÃO!
Depois de 10 anos de descaso com a Educação e os Educadores mineiros, continuamos sob pressão do Estado.
As Escolas Estaduais mineiras enfrentam um sério dilema que a SEE e as SRE's querem ignorar.
A EXIGÊNCIA DE 35 ALUNOS EM CADA SALA DE AULA."
E agora?
_ A Escola em que trabalho - HUMBERTO DE CAMPOS - é um patrimônio em nossa cidade, ITANHOMI. Foi a primeira e sua construção não tem o espaço que por lei é de 1m² por aluno (assim sendo,fica difícil comportar 35 em uma sala). Mas falar de Lei é bobagem já que a Lei só funciona quando convém ao sr. governador.
_ O Estado durante 10 anos fez de nossas Escolas um verdadeiro "corredor" onde o aluno não pode ser retido e hoje enfrentamos alunos analfabetos funcionais (pelo menos 90% deles).
_ Esse tipo de exigência é um sério desrespeito ao aluno e ao professor.
_ O professor desmotivado por um salário "ó"... fica perdido quando enfrenta em anos finais o desafio de trabalhar com os alunos que não sabem nem o básico que é: ler, escrever e dominar as 4 operações.
_ Para dizer que "ajuda", o Estado ofereceu cursos superiores que só Deus sabe como foram feitos, pois foi usado o mesmo sistema facilitador de aprovação e sem opção do professor se especializar em determinada área de conhecimento.
_ Com a municipalização, que ocorreu em todo Estado, HUMBERTO DE CAMPOS recebe professores que atuantes em anos iniciais são 'obrigados' a assumir anos finais. Por quê não aproveitá-los nas Bibliotecas que estão necessitando de mão-de-obra qualificada? Professor de anos iniciais compreendem melhor a necessidade de uma Biblioteca funcionando a todo "vapor".
_ Vem a SRE e exige o que "tá na cara" é impossível, e coloca uma "espada sobre nossas cabeças" - fundir sala e os alunos que estão 'sobrando' deverão migrar para o Estadual. Por quê não podemos receber os alunos de lá prá cá?
_ Já que o Estado AVACALHOU com a Educação, vamos enfrentar o sistema exigindo 25 alunos em cada sala de aula para tentar "curar o analfabetismo" implantado nesses últimos 10 anos.
As Escolas Estaduais mineiras enfrentam um sério dilema que a SEE e as SRE's querem ignorar.
A EXIGÊNCIA DE 35 ALUNOS EM CADA SALA DE AULA."
E agora?
_ A Escola em que trabalho - HUMBERTO DE CAMPOS - é um patrimônio em nossa cidade, ITANHOMI. Foi a primeira e sua construção não tem o espaço que por lei é de 1m² por aluno (assim sendo,fica difícil comportar 35 em uma sala). Mas falar de Lei é bobagem já que a Lei só funciona quando convém ao sr. governador.
_ O Estado durante 10 anos fez de nossas Escolas um verdadeiro "corredor" onde o aluno não pode ser retido e hoje enfrentamos alunos analfabetos funcionais (pelo menos 90% deles).
_ Esse tipo de exigência é um sério desrespeito ao aluno e ao professor.
_ O professor desmotivado por um salário "ó"... fica perdido quando enfrenta em anos finais o desafio de trabalhar com os alunos que não sabem nem o básico que é: ler, escrever e dominar as 4 operações.
_ Para dizer que "ajuda", o Estado ofereceu cursos superiores que só Deus sabe como foram feitos, pois foi usado o mesmo sistema facilitador de aprovação e sem opção do professor se especializar em determinada área de conhecimento.
_ Com a municipalização, que ocorreu em todo Estado, HUMBERTO DE CAMPOS recebe professores que atuantes em anos iniciais são 'obrigados' a assumir anos finais. Por quê não aproveitá-los nas Bibliotecas que estão necessitando de mão-de-obra qualificada? Professor de anos iniciais compreendem melhor a necessidade de uma Biblioteca funcionando a todo "vapor".
_ Vem a SRE e exige o que "tá na cara" é impossível, e coloca uma "espada sobre nossas cabeças" - fundir sala e os alunos que estão 'sobrando' deverão migrar para o Estadual. Por quê não podemos receber os alunos de lá prá cá?
_ Já que o Estado AVACALHOU com a Educação, vamos enfrentar o sistema exigindo 25 alunos em cada sala de aula para tentar "curar o analfabetismo" implantado nesses últimos 10 anos.
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